terça-feira, 20 de janeiro de 2009

Las Vegas do Caribe

Sob Batista e com a conivência da Casa Branca, o crime organizado americano dominou a capital cubana.
Havana, 31 de dezembro de 1958. Um réveillon inesquecível. Para os cubanos, para los gringos que lá curtiam mais uma mordomia bancada pela Máfia e, sobretudo, para o presidente Fulgencio Batista. Convencido de que não tinha mais como resistir ao avanço de los rebeldes barbudos comandados por Fidel Castro, o ditador cubano interrompeu a festa, ergueu um brinde, anunciou sua renúncia, desejou boa sorte a todos e embarcou às pressas para a República Dominicana, levando consigo 180 cupinchas e US$ 300 milhões.
O réveillon de 1958 para 1959 foi o “último baile da Ilha Fiscal” do governo Batista, o melancólico desfecho de uma tirania que havia durado 25 anos. Quem viu O Poderoso Chefão 2 tem uma idéia mais ou menos precisa do pandemônio daquela noite, em que também chegou ao fim o poder do crime organizado sobre a economia, a política e a sociedade de Cuba, capítulo fundamental das relações dos Estados Unidos com o continente latino-americano e matéria-prima de um recente e precioso estudo de T. J. English, Havana Nocturne: How the Mob Owned Cuba and then Lost it to the Revolution.
Qualquer semelhança entre Hyman Roth, o gângster interpretado por Lee Strasberg no filme de Francis Ford Coppola, e Meyer Lansky, o mafioso que fizera de Havana a Las Vegas do Caribe, não foi mera coincidência. Como a realidade costuma ser mais injusta que a ficção, Lansky não morreu quando Batista escafedeu-se de Santo Domingo para a Espanha, mas 24 anos mais tarde.
O primeiro mafioso a estender sua cobiça a Havana foi Al Capone, na década de 1920. Só depois de um encontro de tutti i capi, em dezembro de 1946, na própria capital cubana e com Frank Sinatra animando a noite, o crime organizado consolidou seu monopólio sobre a vida noturna, a jogatina, a prostituição, o mercado imobiliário, a construção civil e o sistema financeiro da ilha. Facilitou-lhe o serviço a ganância incomensurável de Batista, sócio de todas as negociatas; com a conivência da Casa Branca, que tinha sólidos motivos para considerar Cuba um protetorado, um quintal dos Estados Unidos.
Desde 1898, quando livrou Cuba do jugo espanhol, até 1959, a América do Norte reinou absoluta naquela região do Caribe. Os presidentes que permitiu fossem eleitos depois da desocupação militar da ilha, em 1902, ou eram frouxos e incompetentes ou tirânicos e corruptos. Mas nem quando eles extrapolaram, desrespeitando direitos humanos e apelando para golpes militares (Batista derrubou o ditador Gerardo Machado em 1933 e o banana Prío Socarrás em 1952), receberam críticas, e muito menos ameaças, de Washington. Eles, afinal, eram úteis aos negócios norte-americanos, à consolidação do que apregoava a última estrofe de um sucesso musical dos anos 1940: o rum e a Coca-Cola workin’ for the yankee dollar (trabalhando juntos para o dólar).
O sonho de uma “Cuba libre”, acalentado pelos cubanos desde o século 19, degenerou-se num drinque inventado pelos soldados enviados pelo presidente William McKinley para expulsar os espanhóis da ilha. José Martí, morto numa emboscada em 1895, não chegou a ver Cuba livre do secular ocupante europeu, mas alertou para a possível substituição dos espanhóis pelos norte-americanos. Martí, que viveu 14 anos exilado em Nova York, como correspondente do jornal argentino La Nación, foi o maior teórico (e mártir) da luta contra o imperialismo ibérico no Caribe.
A transformação do beisebol no esporte favorito dos cubanos foi apenas um detalhe, relativamente insignificante, no amplo processo de colonização cultural da ilha pelos Estados Unidos. Os cubanos entravam com o rum, a cana-de-açúcar, os charutos, a música, as mulheres, e os norte-americanos com investimentos, Coca-Cola, carrões último tipo, prioridade nas rotas internacionais de empresas aéreas - e todo o excedente da produção industrial made in USA. O “quintal” também era um paraíso fiscal e um bordel de luxo. Até o então senador John Fitzgerald Kennedy andou por lá, participando de uma orgia com três call-girls no Hotel Comodoro, a convite do mafioso Santo Trafficante.
Tão servil aos putativos governantes da ilha era o ditador Gerardo Machado que chegou a manipular o júri de um concurso anual de danzón, só de ritmos caribenhos, para que o embaixador dos Estados Unidos conquistasse o primeiro lugar. Seu sucessor foi menos descarado na subserviência, porém mais proficiente nos arreglos e mais pródigo nas concessões. Com Batista no poder, o quintal expandiu sua fama internacional, atraindo para seus hotéis faraônicos, cassinos e clubes noturnos um séquito de astros do cinema, estrelas do palco, empresários, políticos, playboys e damas de vida airada.
Ginger Rogers inaugurou o Hotel Riviera; Nat King Cole cantou no Tropicana; Tony Bennett no Sans Souci. Até nos nomes de seus templos dedicados à tavolagem e ao entretenimento Havana replicava Las Vegas. O livro de registro de celebridades que se hospedaram do Hotel Nacional de Cuba, apelidado de Castelo Encantado pelo romancista cubano Alejo Carpentier, encheria um catálogo telefônico mais grosso que o de Miami. Sinatra, um dos habitués, lá passou vários fins de semana, inclusive com Ava Gardner, que, apaixonada pela ilha, mas já sem o cantor em sua cama, voltou inúmeras vezes, para se divertir (e tomar banho de piscina au naturel) na Finca Vigía, do amigo Ernest Hemingway.
Hemingway foi a mais endeusada figura da Cuba pré-Fidel, depois de José Martí, por supuesto. Visitou a ilha pela primeira vez em 1928. Depois voltou, atraído pela pesca, pelo daiquiri e o mojito servidos no bar Floridita, pela paz para escrever acariciado pela fresca brisa matinal caribenha. Comprou o refúgio de Finca Vigía em 1939, lá viveu 21 anos e produziu seis livros, um dos quais O Velho e o Mar, cujo protagonista foi inspirado num pescador cubano. Circulava por Havana como um grande e sempre solícito senhor. Hospedava artistas de Hollywood, boxeadores, intelectuais e toureiros. Teve problemas com a repressão de Batista e saudou a vitória de Fidel, mas já estava de saída quando los barbudos chegaram. Sua finca, preservada como um santuário, virou museu.
Hemingway celebrou seu Nobel de Literatura, em 1954, numa festa patrocinada pelo rum Bacardi. Embora destilado em Porto Rico desde 1937, o Bacardi tem profundas raízes cubanas. Sua primeira fábrica, visionária iniciativa de um imigrante espanhol chamado Facundo Bacardi Massó, surgiu em Santiago de Cuba há 146 anos. Nas mãos de Emilio, filho mais velho de Facundo, a empresa floresceu, internacionalizou seu prestígio e enriqueceu o clã Bacardi, que da ilha só foi embora em julho de 1960, desiludido com os primeiros paredóns e as primeiras medidas repressivas da revolução.
É possível contar a história de Cuba através da evolução do império Bacardi, como, aliás, há pouco fez o jornalista Tom Gjelten, em Bacardi and the Long Fight for Cuba. Emilio Bacardi e José (Pepín) Bosch, marido de uma neta do patriarca da família e herdeiro do negócio em 1951, enfrentaram sem rebuços os ditadores de seu tempo. Emilio tinha apenas 24 anos quando participou ativamente da primeira guerra de independência de Cuba em 1868. Era um abolicionista (embora a cultura da cana-de-açúcar dependesse de mão-de-obra escrava), que gostava mais de escrever livros do que beber rum. Bosch pegou o último governo Batista, contra quem conspirou e cuja derrubada festejou.
Mas a vereda mais promissora e gratificante da história cubana pré-revolucionária é a musical. Que me desculpem todas as glórias literárias da ilha - como Carpentier, o poeta, escritor e ensaísta José Lezama Lima (que, por ser gay, enfrentou três ditaduras), o poeta Nicolás Guillén, o escritor, jornalista e ativista político Carlos Franqui, criador do legendário suplemento literário Lunes de Revolución, proibido de circular em 1961, e seu comparsa, o grouchomarxista Guillermo Cabrera Infante, outro futuro défroqué da revolução e a quem devemos as mais nostálgicas e criativas evocações da Cuba de cinco décadas atrás -, mas seus maiores batutas se consagraram compondo, tocando ou mesmo cantando aqueles insinuantes ritmos de raízes africanas nascidos ou plasmados no Caribe.
Habanera, mambo, rumba, bolero, guajira, guaracha, cha-cha-chá, conga, salsa - tudo isso devemos aos cubanos. A Orestes & Cachao López, que inventaram o mambro em 1939. Ao violinista Enrique Jorrín, que do mambo extraiu o cha-cha-chá posteriormente internacionalizado por Pérez Prado. A Miguel Matamoros, Beny Moré e Olga Guillot, intérpretes inigualáveis do bolero. A Ignacio Jacinto Villa, vulgo Bola de Nieve, o mais sofisticado cantor de cabaré de língua espanhola, o Bobby Short do Caribe.
Pairando acima de todos, o supremo gênio musical caribenho: o pianista, compositor e maestro Ernesto Lecuona (1895-1963), o Gershwin cubano, que deixou mais de 600 obras, entre zarzuelas, rumbas, boleros e rapsódias; pelo menos quatro delas (Siboney, Malagueña, Andalucia, Siempre en mi Corazón) sucessos populares fadados à eternidade. Lecuona foi a mais refinada tradução da “alma música”, decantada em verso por Guillén:
Tengo el alma hecha ritmo y armonía/todo en mi ser es música y es canto/desde el réquiem tristísimo de llanto/hasta el trino triunfal de la alegría.

sexta-feira, 16 de janeiro de 2009

Novos tempos em Cuba

Quando se completam 50 anos da vitória da revolução em Cuba, que balanço pode ser feito de um acontecimento que influenciou, durante décadas, toda a América Latina? E quais são os principais problemas enfrentados hoje por esse país?
Ignacio Ramonet
Os aspectos positivos do balanço são bem conhecidos, às vezes espetaculares e relativamente fáceis de identificar: melhoras significativas na luta contra o racismo e o machismo; imensos progressos em matéria de educação e cultura; avanços descomunais no que concerne à saúde, à redução da mortalidade infantil e ao progresso sanitário em todos os conceitos (relativamente a sua população, Cuba forma mais médicos que qualquer outro país do mundo); triunfos expressivos em todo tipo de esportes e em todo tipo de competições; afirmação da identidade cultural e nacional; solidariedade internacionalista contra o colonialismo, o neocolonialismo, o imperialismo e o racismo de Estado (sem a ajuda de Cuba, Angola, por exemplo, não seria independente, e o apartheid sul-africano não teria sido derrubado); defesa da soberania nacional frente a meio século de hostilidade e assédio por parte dos Estados Unidos...Convém recordar sempre, na hora de julgar a revolução cubana, que este grande processo de transformação social desenvolveu-se em um ambiente de encurralamento constante por parte da principal potência econômico-militar. Potência esta que utilizou toda classe de métodos – abertos e encobertos – para tentar derrotar o processo: atentados, terrorismo, subversão, campanhas de propaganda, inoculação solapada de epidemias, leis anticubanas, etc. Nenhum país do mundo resistiu a 50 anos de agressão norte-americana, exceto Cuba.Mas essa mesma resistência heróica teve um custo não somente econômico, não só em termos de sofrimento para os cidadãos, mas político. E não foi pequeno. Porque as autoridades de Havana tomaram para si o lema de Ignácio de Loyola, fundador dos jesuítas: “Em uma fortaleza assediada, toda dissidência é traição”. Isso contribuiu para limitar muito o debate interno sob os pretextos de “não dar armas ao adversário” e de “não ser aliado objetivo do inimigo”. Permitiu também, às vezes, converter discrepâncias naturais em heresias sancionadas.Outro lema dominante: “Dentro da Revolução tudo, fora da Revolução nada”. Em alguns momentos, esse lema transformou-se em um dogma cômodo para excluir e normalizar, na medida em que ninguém havia definido qual era exatamente o perímetro preciso da Revolução.Tudo isso, somado às dificuldades econômicas, agravadas depois de 1991 pela desaparição da ajuda fornecida pela União Soviética, multiplicou o descontentamento social e o número de dissidentes políticos. Acelerou-se o fenômeno da emigração clandestina, sobretudo para os Estados Unidos (cerca de dois milhões de cubanos, 18% da população da ilha, residem nesse país), e acentuou-se a oposição política e sua conseqüente contenção (há uns 200 presos políticos por este motivo, segundo a Anistia Internacional).Neste contexto, o grave acidente de saúde sofrido por Fidel Castro em julho de 2006 e sua saída da vida pública conduziram à eleição de Raúl Castro para a presidência, em fevereiro de 2008.Em um primeiro momento, Raul e sua equipe dedicaram-se a três temas prioritários: alimentação, transportes públicos e habitação. Três domínios onde as carências, as penúrias e as disfunções favorecem um mal-estar permanente da população. Nestes três setores foram constatados alguns avanços.Por outro lado, as novas autoridades têm estimulado um grande debate do qual já participaram mais de um milhão de cubanos para tratar de melhorar o funcionamento da economia e lutar contra a burocracia e a corrupção. Numerosas críticas foram feitas contra alguns responsáveis e contra algumas práticas do Estado socialista. Por exemplo, Aurélio Alonso, subdiretor da muito oficial revista “Casa de las Américas”, não teve dúvida em reprovar uma “economia demasiadamente estatizada”; em reclamar “uma economia que deixe espaço para outras formas de propriedade”; em denunciar “um sistema excessivamente estatizado, demasiado burocratizado com um nível de participação popular demasiado limitado na tomada de decisões de toda ordem”; e até em questionar “o papel do Partido que deveria ser modificado, porque o Partido não pode dirigir o Estado, o povo é quem deve fazê-lo” Alfredo Guevara, companheiro de universidade de Fidel Castro, é um dos históricos da revolução, mas não é cego diante das sombras. Em recentes debates intelectuais, tem criticado a deterioração do ensino e da educação e defendido a necessidade de “reinventar” o socialismo cubano e introduzir mudanças no modelo, vitais para que a revolução sobreviva.O músico Pablo Milanés, um dos artistas mais emblemáticos da revolução cubana, tem sido ainda mais radical em suas críticas: “Eu já não confio em nenhum dirigente cubano que tenha mais de 75 anos, porque todos, na minha opinião, viveram seus momentos de glória, que foram muitos, mas agora estão prontos para ser aposentados. É preciso passar o testemunho às novas gerações para que façam outro socialismo, porque este socialismo já se estancou. Já deu o que podia dar (...) Temos que fazer reformas em muitíssimas frentes da Revolução, porque nossos dirigentes já não são capazes. Suas idéias revolucionárias de outrora se tornaram reacionárias”.Deste debate franco e aberto, saiu uma agenda de reformas desejadas pela maioria dos cubanos; e a nova equipe começou a colocá-las em prática. Os transportes públicos melhoraram graças à importação de ônibus procedentes da China. Na agricultura, Raúl Castro é consciente de que a independência alimentar é uma conquista fundamental sem a qual não pode haver soberania política. Cuba importa cerca de 80% do que consome para sua alimentação.Uma gasto tanto mais injustificado na medida em que mais da metade de suas terras férteis estão sem cultivos...Raúl Castro lançou a consigna: “A terra para aqueles que produzem alimentos para todos”. Essa é a prioridade. E já iniciou a entrega de hectares para camponeses voluntários com a única obrigação de produzir e de contribuir com a soberania alimentar da ilha.Outras medidas – reclamadas há tempo pela cidadania – também estão sendo adotadas. Todo cubano que possua pesos conversíveis (CUC) pode finalmente alojar-se em hotéis que estavam até então reservados para estrangeiros. Aparelhos de DVD, computadores, fornos de microondas, motos e telefones celulares estão sendo vendidos livremente. Os cubanos também podem comprar e vender seus veículos ou seus apartamentos.Do mesmo modo, o visto indispensável para poder viajar ao exterior pode ser suprimido. Numerosos absurdos administrativos, causados por uma excessiva burocratização, começam a desaparecer. A administração do Estado está sendo reestruturada, aliviada. Haverá menos ministérios e menos obstáculos administrativos para que a vida dos cidadãos seja mais normal e menos penosa. Em troca, os cubanos estão sendo convidados a trabalhar mais; e alguns serviços, gratuitos até agora, poderão deixar de sê-lo.Em uma recente entrevista ao diário "Juventude Rebelde", Raúl Castro anunciou que os salários serão menos igualitários e corresponderão mais ao trabalho realizado; também repetiu que a gratuidade será suprimida em vários setores; e revelou que uma de suas tarefas prioritárias consiste simplesmente em por os cubanos a trabalhar: “Temos que eliminar gratuidades. Se queremos equilibrar os salários no justo papel que devem desempenhar, é preciso, paulatina ou simultaneamente, ir eliminando gratuidades indevidas que foram surgindo aqui e ali, e também os subsídios excessivos (...) Temos que dar o verdadeiro valor ao trabalho, e podemos ficar roucos, falando e predicando esse conceito, que se não tomarmos as medidas para que as pessoas sintam a necessidade vital de trabalhar para satisfazer suas necessidades, não conseguiremos sair deste buraco. (...) É preciso trabalhar, criar e economizar. Essa é a situação. Creio que se entenderá. São verdades; por duras que sejam, nós não podemos adocicá-las, temos que dizê-las”.Em outras palavras, o comunismo deixa de ser um objetivo. A realidade e a prática demonstraram que não funciona. E o pragmatismo impõe uma evolução do socialismo cubano. Porque uma revolução não é só um balanço; uma revolução é e deve ser sempre um projeto.O processo cubano se dirigirá na direção de modelos do tipo chinês ou vietnamita? Provavelmente não. Cuba, como a história de sua revolução demonstra, seguirá sua própria via. Haverá mudanças na economia mas é pouco provável que assistamos a uma “Perestroika” cubana, à adoção de um “comunismo neoliberal” ou a uma “abertura política” com eleições multipartidárias.As autoridades permanecem convencidas de que esse tipo de “transição” reabriria a via para uma forma mais ou menos declarada de anexação por parte dos Estados Unidos. Neste momento de graves dificuldades devidas aos recentes furacões e à crise financeira internacional, sua preocupação central é de manter a unidade da sociedade.O desafio principal segue sendo a relação com Washington. Raúl Castro anunciou publicamente que está disposto a sentar-se à mesa de negociações para discutir com as autoridades norte-americanas o conjunto dos problemas entre os dois países. A incógnita principal é saber se Barack Obama aceitará esse ramo de oliveira oferecido pelo presidente de Cuba e se, finalmente, negociará o fim do embargo comercial da ilha. Saberemos isso no dia 17 de abril quando, por ocasião da Cúpula das Américas em Porto Espanha (Trinidad y Tobago), o mandatário estadunidense defina sua nova política para o hemisfério.
(*) Artigo escrito para a Rádio Netherland.
Tradução: Katarina Peixoto