quinta-feira, 25 de junho de 2009

Em 2008, bancos tiveram mais ajuda que pobres em 50 anos

Dinheiro para bancos e grandes empresas , esse sai sem o menor esforço, e sem nenhum jornal ficar reclamando se o uso é adequado, ou se tem merecimento.



Agora quando vai para os pobres, sempre aparece algum jornalista, descubrindo algum desvio, algum taxi que foi pago com dinheiro alheio....



Aonde estão os jornalistas dos grandes Jornais,para investigar a margem de lucros das montadoras brasileiras, e comparar com suas irmãs fora do Brasil?



Não, eles comemoram a manutenção do IPI reduzido, como se fosse um grande ato pela população de nosso país....



Esse IPI deveria ir para PAC, e não para cofres das matrizes falidas dessas empresas....



É dificil , com essa imprensa que só olha para o lado publico, querendo desacreditar todo regime de estado, querendo quebrar as instituições de governo, mas nunca apontando o dedo para as grandes empresas, que agora são as coitadas....





DECO

sexta-feira, 5 de junho de 2009

Chegou a nossa vez de tentar....

“Não existe amor sem medo” como diz Djavan em uma de suas memoráveis obras de arte, amor sem medo, quer dizer não arriscar, não viver intensamente a paixão. Calma, não vou escrever aqui um texto falando de amor, ou melhor, somente falando de amor, quero colocar em destaque, um tema dos mais perigosos do mundo moderno, a relação capital x trabalho.

Amigos, onde esta o ar fresco nos corredores de nossas corporações?
Onde estão ás lágrimas nos olhos, frente a um objetivo encantador ?
Cadê a memorável vontade de ir até o final de uma coisa que acabamos de começar?

São apenas algumas perguntas, são a mais pura demonstração de que algo deu errado, e que a vida não vai bem dentro das empresas.

As maiores empresas do mundo, passam hoje por crises nunca antes imaginadas, algumas querem reinventar seus caminhos (empresa onde trabalho) mas talvez tenham esquecido, lá no antigo caminho, a alma das pessoas que trouxeram essas empresas até aqui. Por onde ir? Se na verdade já chegamos ! ! !
Chegamos sim, chegamos na mais pura verdade deste sistema capitalista,chegamos na ausência do sonho, chegamos na vontade de virar o jogo, onde deixar de fazer a vontade da majestade, é a obrigação para nos mantermos na condição de seres humanos.

Precisamos de ar, para que os jovens promissores possam dar o seu melhor, e com isso transformar esta máquina, em alguma coisa ou sistema, em que a vida possa existir. Esse ar, deve ser produzido por pessoas como eu, que já estão em meio a uma carreira, e que tem a obrigação de resgatar, o clima do “posso mudar isso”, nessa geração que esta chegando, basta darmos o exemplo. Mesmo que as coisas aconteçam em uma velocidade bem inferior, muito diferente da velocidade da informação, que nossa meninada recebe hoje em dia, e que em sua maior parte, essa informação, leva nossos jovens a um continuísmo indesejável.

Vamos , sonhar e armar a estratégia, seja o “Coaching” dessas crianças, pois como disse o Djavan...

“Quem não tem pra quem se dar,
O dia é igual a noite...”


Deco – 05/06/2009

sexta-feira, 22 de maio de 2009

Petrobrax para iniciantes

A manchete da Folha de S.Paulo estampa: "Petrobras gastou R$ 47 bi sem licitação em seis anos". Tiro à queima roupa. Vamos, portanto, à CPI. Quem for brasileiro que siga Arthur Virgílio. Mas, aí, vem o maldito segundo parágrafo: "Amparada por decreto presidencial editado por Fernando Henrique Cardoso em 1998 e em decisões do Supremo Tribunal Federal, a petroleira contratou sem licitação....". Entre 2001 e 2002, no governo FHC, a empresa contratou cerca de R$ 25 bilhões sem licitações, em valores não atualizados. O artigo é de Leandro Fortes, no blog Brasília, eu vi.
Leandro Fortes - Brasília eu Vi

quarta-feira, 20 de maio de 2009

Sempre vou acreditar nesta teoria

As pessoas podem achar que é ultrapassada, mas eu acredito muito que o resultado de toda essa bagunça entre o que é de fato certo, e o que é de fato errado, em que o mundo mergulha cada vez mais, seja a retomada de um juizo, um juizo de valores do ser humano, onde a vida passe a ser o único bem valioso, e o amor seu combustivel. Por isso, com a diminuição da importânica do capital, acredito no Marxismo.

Veja esta série da carta maior, e pode concordar ou não comigo

Deco

terça-feira, 14 de abril de 2009

Quem está doente: Adriano ou os outros?

Que sociedade é esta que, quando alguém diz que não estava feliz no meio de tanto treino, tanta pressão, tanta grana, tanta viagem, que prefere voltar à favela onde nasceu e cresceu, compra cerveja e hambúrguer para todo mundo, fica empinando pipa – se considera que está psiquicamente doente e tem que procurar um psiquiatra? Estará doente ele ou os deslumbrados no meio da grana, das mulheres, das drogas, da publicidade, da imprensa, da venda da imagem? Quem precisa mais de apoio psiquiátrico: o Adriano ou o Ronaldinho Gaucho?O normal é ter, consumir, se apropriar de bens, vender sua imagem como mercadoria, se deslumbrar com a riqueza, a fama, odiar e hostilizar suas origens, se desvincular do Brasil. Esses parecem “normais”. Anormal é alguém renunciar a um contrato milionário com um tipo italiano, primeiro colocado no campeonato de lá.Normal é ser membro de alguma igreja esquisita, cujo casal de pastores principais foram presos por desvio de fundos. Normal é casar virgem, ser careta, evangélico, bem comportado, responder a todas as solicitações e assinar todos os contratos. Normal é receber uma proposta milionária de um clube inglês dirigida por um sheik, ficar pensando um bom tempo, depois resolver não aceitar e ser elogiado por ter preferido seu clube, quando antes ele ficou avaliando, com a calculadora na mão, se valia a pena trocar um contrato milionário por outro.Considera-se desequilibrado mental quem recusa um contrato milionário, para viver com bermuda, camiseta e sandália havaiana. Falou à imprensa de todo o mundo, disposta a confissões espetaculares sobre o que havia feito nos três dias em que esteve supostamente desaparecido – quando a imprensa não sabe onde está alguém, está “desaparecido”, chegou-se até a dizer que Adriano teria morrido -, buscando pressioná-lo para que confessasse que era alcoólatra e/ou dependente de drogas, encontrar mulheres espetaculares na jogada.Falou como ser humano, que singelamente tem a coragem de renunciar às milionárias cifras, eventualmente até pagar multar pela sua ruptura, dizer que “vai dar um tempo”, que não era feliz no que estava fazendo, que reencontrou essa felicidade na favela da sua infância, no meio dos seus amigos e da sua família.Este comportamento deveria ser considerado humano, normal, equilibrado. Mas numa sociedade em que “não se rasga dinheiro”, em que a fama e a grana são os objetivos máximos a ser alcançados, quem está doente: Adriano ou essa sociedade? Quem ter que ser curada? Quem é normal, quem está feliz?

quarta-feira, 25 de março de 2009

1% da população adulta detém 40% da riqueza mundial, indica estudo


Dois quintos da riqueza mundial estão concentrados nas mãos de 37 milhões de indivíduos, ou 1% da população adulta, segundo indica um estudo da Universidade das Nações Unidas lançado em Londres nesta terça-feira.

quinta-feira, 5 de março de 2009

A grande marola brasileira

Gostaria de chamar a atenção de todos para esta versão tupiniquim da crise econômica em 2009,pois posso até concordar que estamos em um país que sofre influências externas, pois seria ridículo acreditar que o Brasil seria uma ilha de prosperidade em meio a tantas bombas que estão caindo no mundo desenvolvido, também seria um crime a inteligência, alegar que nós estamos em um nível onde nosso sistema econômico, e principalmente a saúde de nossas instituições financeiras, que lucram absurdamente todos os anos, garantiriam que o furacão da crise, passasse longe de nossas fronteiras, mas quero contestar o tempo de duração das influências desta crise em coisas importantes para toda a população, como o nível de emprego e o custo do crédito.
Como é de conhecimento de todos, estou inserido em um dos mercados de trabalho mais afetados por essa crise, uma vez que trabalho em uma montadora de veículos, e essa como todas as outras, veio atuando fortemente no combate a seus prejuízos, eliminando turnos de trabalho, dando férias coletivas a seus colaboradores, e rediscutindo junto a sindicatos direitos trabalhistas.Mas o que a realidade vem mostrando nesse começo de ano de 2009, é que o governo com a redução de IPI para veículos, conseguiu com muito sucesso recompor o nível de vendas em patamares até superiores aos de 2008, e vale lembrar que 2008 foi o melhor ano para este segmento em nosso país.Então, onde esta o problema?
O problema esta na condução destas montadoras, pois as mesmas devem remeter parte de suas arrecadação para suas matrizes, e essas por sua vez, estão totalmente quebradas.Outra coisa que afeta esse mercado, é a percepção de um futuro promissor, onde a crise veio bem a calhar, para que tudo aquilo que transforma o Brasil em uma país desconfortável para as montadoras e seus fornecedores, sejam colocados na mesa, estou falando de 13º salário, direito a 30 dias de férias, e outras coisas mais, que estão entrando como moeda de troca nas negociações da manutenção de empregos.
A questão do crédito, vem sendo algo ainda pior, pois todos os bancos que operam em nosso território, apresentaram lucros exorbitantes em 2008, sempre sustentados por suas altas taxas de juros, alegando que a taxa de inadimplência no Brasil, força esta política de proteção, mas esquecem que nossa taxa de inadimplência vem caindo a cada ano, e os juros deles não acompanham este movimento.
Pois é amigos, o presidente Lula tinha razão, a crise não vai pegar o Brasil,vai ser apenas uma marola em nossa praia econômica, mas vai se fazer o que, tem muito empresário que gosta de surfar em marola, e fica inventando que esta se afogando para que o salva vidas tenha que cumprir seu papel, e se o salva vidas não faz nada, as câmeras de plantão registram tudo, e já da pra ver a manchete no jornal nacional, "Salva vidas nega ajuda para empresário, que estava ensinando seus colaborados a surfar, em uma forte onda causada por ventos vindos do norte, no litoral paulista".


DECO

sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

AI-5 40 anos do atentado a liberdade


Os jovens de hoje não podem deixar de ver esse material, pois se aprendermos com o passado, não vamos permitir que ele se repita em nossa história.

quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

Intelectuais lançam manifesto de repúdio à Folha de S.Paulo

A Folha mostrando a sua Identidade...que beleza em Folha ! ! !

Charles Darwin, o revolucionário relutante


As teorias socialistas de Marx e Engels, devem ter como parceria a grande obra de pesquisa de Darwin, este grande revolucionário das idéias.

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

"O Brasil não pode entregar um homem inofensivo a um governo fascista"


Para entender um pouquinho o outro lado neste caso de Césare Battisti
Gilberto Maringoni
Dirigente do Fórum Mundial das Alternativas, uma das principais organizações do Fórum Social Mundial, e residente em Milão há 36 anos, Del Roio concedeu a seguinte entrevista à Carta Maior, em São Paulo.

terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

A agricultura urbana em Havana


Mais algumas coisas que Cuba pode ensinar a este mundo com fome...

Todos somos putas

La metonimia es una figura retórica que consiste en tomar el efecto por la causa (o viceversa), el autor por la obra, la parte por el todo (aunque en este caso es más correcto hablar de sinécdoque), etc. Si la metáfora es una sustitución por semejanza, la metonimia es una sustitución por afinidad o proximidad. Pero, como todas las figuras retóricas, la metonimia es también una forma de interpretar la realidad y, en última instancia, un intento de controlarla simbólicamente. Por eso es uno de los recursos básicos de los sueños, de la poesía, de las perversiones, de la religión, de las ideologías...
¿Por qué la prostitución nos parece tan sórdida e indigna? Porque proyectamos en ella la sordidez de nuestra propia vida, nuestra propia indignidad de mercancías humanas.
En una sociedad-mercado en la que todo (menos el cariño verdadero) se compra y se vende, en la que la inmensa mayoría de las personas venden la mitad de su vigilia (y la casi totalidad de sus sueños) por un puñado de monedas, la prostituta es la perfecta metonimia --a la vez emblema y chivo expiatorio-- de la degradacción colectiva. Pues la p(rostit)uta --a la que un peyorativo síncope, como si no fuera digna ni de un nombre completo, convierte en “puta”-- vende, literalmente, su cuerpo, mientras que los demás solo vendemos el alma, que no se ve (ni se toca), lo que nos permite proyectar nuestra humillación cotidiana, nuestra alienación, en otras servidumbres menos encubiertas, acaso menos hipócritas.
La prostituta vende su sexo, que se considera la parte más íntima y personal del individuo (“El cerebro es mi segundo órgano favorito”, dice Woody Allen, que no en vano es el ídolo de los mediocres, sobre todo de los varones). Pero quienes consideramos que nuestra parte más íntima y personal --nuestro primer órgano favorito-- es el cerebro, deberíamos reflexionar un poco sobre las múltiples formas de prostitución a las que nos aboca esta sociedad-mercado. No tomemos el efecto por la causa, la parte por el todo. Todos somos putas.
Las exquisitas presentadoras de televisión que, asomadas al balcón de su calculado escote, llaman “tropas de ocupación” a los terroristas judeocristianos que violan, torturan y asesinan a hombres, mujeres y niños iraquíes, y acto seguido, con la misma elegancia (esa elegancia imperturbable que las convierte en candidatas a princesas), llaman “radicales islámicos” a quienes heroicamente defienden a su pueblo de los terroristas, prostituyen algo más que sus seductoras sonrisas y sus calculados escotes.
Por no hablar de los periodistas. ¿Qué decir, por ejemplo, de los columnistas de los principales diarios del Estado español que, al llamado de sus directores-madames (algunos con liguero y todo), se bajan los pantalones metafóricos (metonímicos, mejor dicho) para poner su honra intelectual al servicio de los espúreos intereses de sus amos? ¿Cuánto cobra Juan Luis Cebrián por decir que el Che era un terrorista? ¿Cuánto cobra Fernando Savater por vender sus escasas neuronas y su carné de filósofo a quienes ven --y con razón-- en la izquierda abertzale uno de los más peligrosos enemigos de la barbarie neoliberal? ¿Cuánto cobra Carlos Fuentes por cantar las alabanzas de un “empresario global” (ahora se llaman así) de la calaña de Gustavo Cisneros?
La reciente ofensiva desplegada por el Ayuntamiento de Madrid contra la prostitución callejera, además de su gravedad intrínseca, adquiere en estos momentos una notable importancia simbólica. Los mismos canallas que han apoyado la “liberación” de Iraq (por el expeditivo método de torturar, violar y asesinar a sus habitantes), quieren “liberar” a las prostitutas (sobre todo a las inmigrantes) estigmatizándolas, criminalizándolas y condenándolas a la miseria. La campaña iba a llamarse “Libertad duradera”, pero como el nombre ya estaba asignado a otra iniciativa de los mismos promotores, ha acabado llamándose “Plan contra la esclavitud sexual”. Y de nada sirve que las prostitutas se manifiesten y declaren una y otra vez que no son esclavas de nadie, que tienen derecho a hacer con su cuerpo lo que les dé la gana: Botella y Gallardón (y algunas feministas de salón, dicho sea de paso) saben mejor que ellas lo que les conviene. Porque las prostitutas son, ante todo, mujeres, y el patriarcado (el gran rufián de las verdaderas esclavas sexuales, que son las amas de casa) no puede tolerar que las mujeres sean dueñas de su propio cuerpo y abandonen el ámbito de sumisión en el que se intenta confinarlas desde el neolítico. Una mujer que explicita y autogestiona su sexualidad, que se alquila en vez de venderse, como las esposas, que tiene muchos clientes en lugar de un solo amo, es un paradigma perturbador, un espejo en el que pocos --y pocas-- se atreven a mirarse.
En última instancia, lo que los neofascistas les niegan a los demás --sean iraquíes, vascos o mujeres-- es el derecho a la autodeterminación. Y eso mismo --el derecho a la autodeterminación de las personas y los pueblos-- es lo que tenemos que defender por encima de todo, en todos los frentes, contra los verdaderos terroristas. Es decir, contra el terrorismo de Estado.
Carlo Frabetti

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

Você conhece a história destes 5 homens cubanos


Conheça e discuta o que esta acontecendo com esses 5 cubanos, visitando o Link

Ocultan que enmienda venezolana incluye postulación para todos los cargos


El escritor, periodista y ex director del diario francés Le Monde Diplomatique, Ignacio Ramonet, dijo que los medios internacionales ligados a las cadenas más adineradas del mundo, están dando cuenta de la propuesta de enmienda constitucional en Venezuela de manera que esta se entienda como un hecho que beneficiaría solo al presidente Hugo Chávez Frías y no a todos los funcionarios electos por votación popular.
"Como siempre, están transformando el debate político en Venezuela y lo están presentando diciendo la verdad a medias. No dicen que esa propuesta se aplica para todos los elegidos mediante el voto, solo hablan de Chávez. No dicen tampoco que los ciudadanos podrán tener el poder de elegir a sus gobernantes las veces que ellos consideren necesario", dijo.
Lo anterior formó parte de las declaraciones que Ramonet ofreció a medios venezolanos, durante su participación en el Foro Social Mundial (FSM), evento que se celebra desde este martes en Belém, Brasil, y se extenderá hasta este domingo.
A manera de contraste, el intelectual español recordó que hace poco el diario estadounidense The New York Times sostuvo en su editorial que "limitar los mandatos de los gobernantes, cuando estos eran eficaces, iba en contra de la democracia" y planteó "la necesidad de reflexionar acerca de prolongar dichos mandatos".
La propuesta de enmienda constitucional a que Ramonet hizo referencia se someterá al veredicto de todos los venezolanos el 15 de febrero entrante.
La misma se orienta a la postulación continua de todos los funcionarios electos por votación popular: Diputados regionales (Art. 162) y nacionales (Art. 192), alcaldes (Art. 174), gobernadores (Art. 160) y presidente o presidenta de la República (Art. 230).
La iniciativa en cuestión constituye una práctica normal en muchos países europeos y del mundo que se precian de su naturaleza democrática, lo cual no es mencionado por ninguno de los medios o gobiernos detractores del caso venezolano.
El dirigente del Partido Socialista Español (PSOE) Felipe González, por ejemplo, fue presidente de gobierno entre 1982 y 1996 (14 años), gracias a la opción de postulación continua ejercida en ese país.
Los presidentes de Egipto, Mohamed Hosni Mubarak, y Camerún, Paul Biya, personifican la máxima jefatura en sus países desde 1981 y 1982, respectivamente, hasta la fecha, sin que el Departamento de Estado de Estados Unidos haya opinado nunca nada al respecto, amén de las relaciones bilaterales normales que ambos sostienen con la nación norteamericana.
(Tomado de ABN)

terça-feira, 20 de janeiro de 2009

Las Vegas do Caribe

Sob Batista e com a conivência da Casa Branca, o crime organizado americano dominou a capital cubana.
Havana, 31 de dezembro de 1958. Um réveillon inesquecível. Para os cubanos, para los gringos que lá curtiam mais uma mordomia bancada pela Máfia e, sobretudo, para o presidente Fulgencio Batista. Convencido de que não tinha mais como resistir ao avanço de los rebeldes barbudos comandados por Fidel Castro, o ditador cubano interrompeu a festa, ergueu um brinde, anunciou sua renúncia, desejou boa sorte a todos e embarcou às pressas para a República Dominicana, levando consigo 180 cupinchas e US$ 300 milhões.
O réveillon de 1958 para 1959 foi o “último baile da Ilha Fiscal” do governo Batista, o melancólico desfecho de uma tirania que havia durado 25 anos. Quem viu O Poderoso Chefão 2 tem uma idéia mais ou menos precisa do pandemônio daquela noite, em que também chegou ao fim o poder do crime organizado sobre a economia, a política e a sociedade de Cuba, capítulo fundamental das relações dos Estados Unidos com o continente latino-americano e matéria-prima de um recente e precioso estudo de T. J. English, Havana Nocturne: How the Mob Owned Cuba and then Lost it to the Revolution.
Qualquer semelhança entre Hyman Roth, o gângster interpretado por Lee Strasberg no filme de Francis Ford Coppola, e Meyer Lansky, o mafioso que fizera de Havana a Las Vegas do Caribe, não foi mera coincidência. Como a realidade costuma ser mais injusta que a ficção, Lansky não morreu quando Batista escafedeu-se de Santo Domingo para a Espanha, mas 24 anos mais tarde.
O primeiro mafioso a estender sua cobiça a Havana foi Al Capone, na década de 1920. Só depois de um encontro de tutti i capi, em dezembro de 1946, na própria capital cubana e com Frank Sinatra animando a noite, o crime organizado consolidou seu monopólio sobre a vida noturna, a jogatina, a prostituição, o mercado imobiliário, a construção civil e o sistema financeiro da ilha. Facilitou-lhe o serviço a ganância incomensurável de Batista, sócio de todas as negociatas; com a conivência da Casa Branca, que tinha sólidos motivos para considerar Cuba um protetorado, um quintal dos Estados Unidos.
Desde 1898, quando livrou Cuba do jugo espanhol, até 1959, a América do Norte reinou absoluta naquela região do Caribe. Os presidentes que permitiu fossem eleitos depois da desocupação militar da ilha, em 1902, ou eram frouxos e incompetentes ou tirânicos e corruptos. Mas nem quando eles extrapolaram, desrespeitando direitos humanos e apelando para golpes militares (Batista derrubou o ditador Gerardo Machado em 1933 e o banana Prío Socarrás em 1952), receberam críticas, e muito menos ameaças, de Washington. Eles, afinal, eram úteis aos negócios norte-americanos, à consolidação do que apregoava a última estrofe de um sucesso musical dos anos 1940: o rum e a Coca-Cola workin’ for the yankee dollar (trabalhando juntos para o dólar).
O sonho de uma “Cuba libre”, acalentado pelos cubanos desde o século 19, degenerou-se num drinque inventado pelos soldados enviados pelo presidente William McKinley para expulsar os espanhóis da ilha. José Martí, morto numa emboscada em 1895, não chegou a ver Cuba livre do secular ocupante europeu, mas alertou para a possível substituição dos espanhóis pelos norte-americanos. Martí, que viveu 14 anos exilado em Nova York, como correspondente do jornal argentino La Nación, foi o maior teórico (e mártir) da luta contra o imperialismo ibérico no Caribe.
A transformação do beisebol no esporte favorito dos cubanos foi apenas um detalhe, relativamente insignificante, no amplo processo de colonização cultural da ilha pelos Estados Unidos. Os cubanos entravam com o rum, a cana-de-açúcar, os charutos, a música, as mulheres, e os norte-americanos com investimentos, Coca-Cola, carrões último tipo, prioridade nas rotas internacionais de empresas aéreas - e todo o excedente da produção industrial made in USA. O “quintal” também era um paraíso fiscal e um bordel de luxo. Até o então senador John Fitzgerald Kennedy andou por lá, participando de uma orgia com três call-girls no Hotel Comodoro, a convite do mafioso Santo Trafficante.
Tão servil aos putativos governantes da ilha era o ditador Gerardo Machado que chegou a manipular o júri de um concurso anual de danzón, só de ritmos caribenhos, para que o embaixador dos Estados Unidos conquistasse o primeiro lugar. Seu sucessor foi menos descarado na subserviência, porém mais proficiente nos arreglos e mais pródigo nas concessões. Com Batista no poder, o quintal expandiu sua fama internacional, atraindo para seus hotéis faraônicos, cassinos e clubes noturnos um séquito de astros do cinema, estrelas do palco, empresários, políticos, playboys e damas de vida airada.
Ginger Rogers inaugurou o Hotel Riviera; Nat King Cole cantou no Tropicana; Tony Bennett no Sans Souci. Até nos nomes de seus templos dedicados à tavolagem e ao entretenimento Havana replicava Las Vegas. O livro de registro de celebridades que se hospedaram do Hotel Nacional de Cuba, apelidado de Castelo Encantado pelo romancista cubano Alejo Carpentier, encheria um catálogo telefônico mais grosso que o de Miami. Sinatra, um dos habitués, lá passou vários fins de semana, inclusive com Ava Gardner, que, apaixonada pela ilha, mas já sem o cantor em sua cama, voltou inúmeras vezes, para se divertir (e tomar banho de piscina au naturel) na Finca Vigía, do amigo Ernest Hemingway.
Hemingway foi a mais endeusada figura da Cuba pré-Fidel, depois de José Martí, por supuesto. Visitou a ilha pela primeira vez em 1928. Depois voltou, atraído pela pesca, pelo daiquiri e o mojito servidos no bar Floridita, pela paz para escrever acariciado pela fresca brisa matinal caribenha. Comprou o refúgio de Finca Vigía em 1939, lá viveu 21 anos e produziu seis livros, um dos quais O Velho e o Mar, cujo protagonista foi inspirado num pescador cubano. Circulava por Havana como um grande e sempre solícito senhor. Hospedava artistas de Hollywood, boxeadores, intelectuais e toureiros. Teve problemas com a repressão de Batista e saudou a vitória de Fidel, mas já estava de saída quando los barbudos chegaram. Sua finca, preservada como um santuário, virou museu.
Hemingway celebrou seu Nobel de Literatura, em 1954, numa festa patrocinada pelo rum Bacardi. Embora destilado em Porto Rico desde 1937, o Bacardi tem profundas raízes cubanas. Sua primeira fábrica, visionária iniciativa de um imigrante espanhol chamado Facundo Bacardi Massó, surgiu em Santiago de Cuba há 146 anos. Nas mãos de Emilio, filho mais velho de Facundo, a empresa floresceu, internacionalizou seu prestígio e enriqueceu o clã Bacardi, que da ilha só foi embora em julho de 1960, desiludido com os primeiros paredóns e as primeiras medidas repressivas da revolução.
É possível contar a história de Cuba através da evolução do império Bacardi, como, aliás, há pouco fez o jornalista Tom Gjelten, em Bacardi and the Long Fight for Cuba. Emilio Bacardi e José (Pepín) Bosch, marido de uma neta do patriarca da família e herdeiro do negócio em 1951, enfrentaram sem rebuços os ditadores de seu tempo. Emilio tinha apenas 24 anos quando participou ativamente da primeira guerra de independência de Cuba em 1868. Era um abolicionista (embora a cultura da cana-de-açúcar dependesse de mão-de-obra escrava), que gostava mais de escrever livros do que beber rum. Bosch pegou o último governo Batista, contra quem conspirou e cuja derrubada festejou.
Mas a vereda mais promissora e gratificante da história cubana pré-revolucionária é a musical. Que me desculpem todas as glórias literárias da ilha - como Carpentier, o poeta, escritor e ensaísta José Lezama Lima (que, por ser gay, enfrentou três ditaduras), o poeta Nicolás Guillén, o escritor, jornalista e ativista político Carlos Franqui, criador do legendário suplemento literário Lunes de Revolución, proibido de circular em 1961, e seu comparsa, o grouchomarxista Guillermo Cabrera Infante, outro futuro défroqué da revolução e a quem devemos as mais nostálgicas e criativas evocações da Cuba de cinco décadas atrás -, mas seus maiores batutas se consagraram compondo, tocando ou mesmo cantando aqueles insinuantes ritmos de raízes africanas nascidos ou plasmados no Caribe.
Habanera, mambo, rumba, bolero, guajira, guaracha, cha-cha-chá, conga, salsa - tudo isso devemos aos cubanos. A Orestes & Cachao López, que inventaram o mambro em 1939. Ao violinista Enrique Jorrín, que do mambo extraiu o cha-cha-chá posteriormente internacionalizado por Pérez Prado. A Miguel Matamoros, Beny Moré e Olga Guillot, intérpretes inigualáveis do bolero. A Ignacio Jacinto Villa, vulgo Bola de Nieve, o mais sofisticado cantor de cabaré de língua espanhola, o Bobby Short do Caribe.
Pairando acima de todos, o supremo gênio musical caribenho: o pianista, compositor e maestro Ernesto Lecuona (1895-1963), o Gershwin cubano, que deixou mais de 600 obras, entre zarzuelas, rumbas, boleros e rapsódias; pelo menos quatro delas (Siboney, Malagueña, Andalucia, Siempre en mi Corazón) sucessos populares fadados à eternidade. Lecuona foi a mais refinada tradução da “alma música”, decantada em verso por Guillén:
Tengo el alma hecha ritmo y armonía/todo en mi ser es música y es canto/desde el réquiem tristísimo de llanto/hasta el trino triunfal de la alegría.

sexta-feira, 16 de janeiro de 2009

Novos tempos em Cuba

Quando se completam 50 anos da vitória da revolução em Cuba, que balanço pode ser feito de um acontecimento que influenciou, durante décadas, toda a América Latina? E quais são os principais problemas enfrentados hoje por esse país?
Ignacio Ramonet
Os aspectos positivos do balanço são bem conhecidos, às vezes espetaculares e relativamente fáceis de identificar: melhoras significativas na luta contra o racismo e o machismo; imensos progressos em matéria de educação e cultura; avanços descomunais no que concerne à saúde, à redução da mortalidade infantil e ao progresso sanitário em todos os conceitos (relativamente a sua população, Cuba forma mais médicos que qualquer outro país do mundo); triunfos expressivos em todo tipo de esportes e em todo tipo de competições; afirmação da identidade cultural e nacional; solidariedade internacionalista contra o colonialismo, o neocolonialismo, o imperialismo e o racismo de Estado (sem a ajuda de Cuba, Angola, por exemplo, não seria independente, e o apartheid sul-africano não teria sido derrubado); defesa da soberania nacional frente a meio século de hostilidade e assédio por parte dos Estados Unidos...Convém recordar sempre, na hora de julgar a revolução cubana, que este grande processo de transformação social desenvolveu-se em um ambiente de encurralamento constante por parte da principal potência econômico-militar. Potência esta que utilizou toda classe de métodos – abertos e encobertos – para tentar derrotar o processo: atentados, terrorismo, subversão, campanhas de propaganda, inoculação solapada de epidemias, leis anticubanas, etc. Nenhum país do mundo resistiu a 50 anos de agressão norte-americana, exceto Cuba.Mas essa mesma resistência heróica teve um custo não somente econômico, não só em termos de sofrimento para os cidadãos, mas político. E não foi pequeno. Porque as autoridades de Havana tomaram para si o lema de Ignácio de Loyola, fundador dos jesuítas: “Em uma fortaleza assediada, toda dissidência é traição”. Isso contribuiu para limitar muito o debate interno sob os pretextos de “não dar armas ao adversário” e de “não ser aliado objetivo do inimigo”. Permitiu também, às vezes, converter discrepâncias naturais em heresias sancionadas.Outro lema dominante: “Dentro da Revolução tudo, fora da Revolução nada”. Em alguns momentos, esse lema transformou-se em um dogma cômodo para excluir e normalizar, na medida em que ninguém havia definido qual era exatamente o perímetro preciso da Revolução.Tudo isso, somado às dificuldades econômicas, agravadas depois de 1991 pela desaparição da ajuda fornecida pela União Soviética, multiplicou o descontentamento social e o número de dissidentes políticos. Acelerou-se o fenômeno da emigração clandestina, sobretudo para os Estados Unidos (cerca de dois milhões de cubanos, 18% da população da ilha, residem nesse país), e acentuou-se a oposição política e sua conseqüente contenção (há uns 200 presos políticos por este motivo, segundo a Anistia Internacional).Neste contexto, o grave acidente de saúde sofrido por Fidel Castro em julho de 2006 e sua saída da vida pública conduziram à eleição de Raúl Castro para a presidência, em fevereiro de 2008.Em um primeiro momento, Raul e sua equipe dedicaram-se a três temas prioritários: alimentação, transportes públicos e habitação. Três domínios onde as carências, as penúrias e as disfunções favorecem um mal-estar permanente da população. Nestes três setores foram constatados alguns avanços.Por outro lado, as novas autoridades têm estimulado um grande debate do qual já participaram mais de um milhão de cubanos para tratar de melhorar o funcionamento da economia e lutar contra a burocracia e a corrupção. Numerosas críticas foram feitas contra alguns responsáveis e contra algumas práticas do Estado socialista. Por exemplo, Aurélio Alonso, subdiretor da muito oficial revista “Casa de las Américas”, não teve dúvida em reprovar uma “economia demasiadamente estatizada”; em reclamar “uma economia que deixe espaço para outras formas de propriedade”; em denunciar “um sistema excessivamente estatizado, demasiado burocratizado com um nível de participação popular demasiado limitado na tomada de decisões de toda ordem”; e até em questionar “o papel do Partido que deveria ser modificado, porque o Partido não pode dirigir o Estado, o povo é quem deve fazê-lo” Alfredo Guevara, companheiro de universidade de Fidel Castro, é um dos históricos da revolução, mas não é cego diante das sombras. Em recentes debates intelectuais, tem criticado a deterioração do ensino e da educação e defendido a necessidade de “reinventar” o socialismo cubano e introduzir mudanças no modelo, vitais para que a revolução sobreviva.O músico Pablo Milanés, um dos artistas mais emblemáticos da revolução cubana, tem sido ainda mais radical em suas críticas: “Eu já não confio em nenhum dirigente cubano que tenha mais de 75 anos, porque todos, na minha opinião, viveram seus momentos de glória, que foram muitos, mas agora estão prontos para ser aposentados. É preciso passar o testemunho às novas gerações para que façam outro socialismo, porque este socialismo já se estancou. Já deu o que podia dar (...) Temos que fazer reformas em muitíssimas frentes da Revolução, porque nossos dirigentes já não são capazes. Suas idéias revolucionárias de outrora se tornaram reacionárias”.Deste debate franco e aberto, saiu uma agenda de reformas desejadas pela maioria dos cubanos; e a nova equipe começou a colocá-las em prática. Os transportes públicos melhoraram graças à importação de ônibus procedentes da China. Na agricultura, Raúl Castro é consciente de que a independência alimentar é uma conquista fundamental sem a qual não pode haver soberania política. Cuba importa cerca de 80% do que consome para sua alimentação.Uma gasto tanto mais injustificado na medida em que mais da metade de suas terras férteis estão sem cultivos...Raúl Castro lançou a consigna: “A terra para aqueles que produzem alimentos para todos”. Essa é a prioridade. E já iniciou a entrega de hectares para camponeses voluntários com a única obrigação de produzir e de contribuir com a soberania alimentar da ilha.Outras medidas – reclamadas há tempo pela cidadania – também estão sendo adotadas. Todo cubano que possua pesos conversíveis (CUC) pode finalmente alojar-se em hotéis que estavam até então reservados para estrangeiros. Aparelhos de DVD, computadores, fornos de microondas, motos e telefones celulares estão sendo vendidos livremente. Os cubanos também podem comprar e vender seus veículos ou seus apartamentos.Do mesmo modo, o visto indispensável para poder viajar ao exterior pode ser suprimido. Numerosos absurdos administrativos, causados por uma excessiva burocratização, começam a desaparecer. A administração do Estado está sendo reestruturada, aliviada. Haverá menos ministérios e menos obstáculos administrativos para que a vida dos cidadãos seja mais normal e menos penosa. Em troca, os cubanos estão sendo convidados a trabalhar mais; e alguns serviços, gratuitos até agora, poderão deixar de sê-lo.Em uma recente entrevista ao diário "Juventude Rebelde", Raúl Castro anunciou que os salários serão menos igualitários e corresponderão mais ao trabalho realizado; também repetiu que a gratuidade será suprimida em vários setores; e revelou que uma de suas tarefas prioritárias consiste simplesmente em por os cubanos a trabalhar: “Temos que eliminar gratuidades. Se queremos equilibrar os salários no justo papel que devem desempenhar, é preciso, paulatina ou simultaneamente, ir eliminando gratuidades indevidas que foram surgindo aqui e ali, e também os subsídios excessivos (...) Temos que dar o verdadeiro valor ao trabalho, e podemos ficar roucos, falando e predicando esse conceito, que se não tomarmos as medidas para que as pessoas sintam a necessidade vital de trabalhar para satisfazer suas necessidades, não conseguiremos sair deste buraco. (...) É preciso trabalhar, criar e economizar. Essa é a situação. Creio que se entenderá. São verdades; por duras que sejam, nós não podemos adocicá-las, temos que dizê-las”.Em outras palavras, o comunismo deixa de ser um objetivo. A realidade e a prática demonstraram que não funciona. E o pragmatismo impõe uma evolução do socialismo cubano. Porque uma revolução não é só um balanço; uma revolução é e deve ser sempre um projeto.O processo cubano se dirigirá na direção de modelos do tipo chinês ou vietnamita? Provavelmente não. Cuba, como a história de sua revolução demonstra, seguirá sua própria via. Haverá mudanças na economia mas é pouco provável que assistamos a uma “Perestroika” cubana, à adoção de um “comunismo neoliberal” ou a uma “abertura política” com eleições multipartidárias.As autoridades permanecem convencidas de que esse tipo de “transição” reabriria a via para uma forma mais ou menos declarada de anexação por parte dos Estados Unidos. Neste momento de graves dificuldades devidas aos recentes furacões e à crise financeira internacional, sua preocupação central é de manter a unidade da sociedade.O desafio principal segue sendo a relação com Washington. Raúl Castro anunciou publicamente que está disposto a sentar-se à mesa de negociações para discutir com as autoridades norte-americanas o conjunto dos problemas entre os dois países. A incógnita principal é saber se Barack Obama aceitará esse ramo de oliveira oferecido pelo presidente de Cuba e se, finalmente, negociará o fim do embargo comercial da ilha. Saberemos isso no dia 17 de abril quando, por ocasião da Cúpula das Américas em Porto Espanha (Trinidad y Tobago), o mandatário estadunidense defina sua nova política para o hemisfério.
(*) Artigo escrito para a Rádio Netherland.
Tradução: Katarina Peixoto